SINO DA PAZ
Em 1988, Evandro Vieira e Bárbara Stella confeccionaram o Sino da Paz, considerado um objeto de arte único no gênero em todo o mundo.
O Sino foi feito a partir de cápsulas de munição deflagradas sobre pessoas em conflitos em diversas épocas e locais do mundo: Vietnã, Oriente Médio, São Paulo, Rio de Janeiro, Primeira e Segunda Guerra Mundial, e tantos outros.
O Sino pesa 280 kg e está afinado em dó maior, considerado o tom da paz por cientistas e místicos. O som do Sino por si só já é uma representação de paz.
A transmutação da munição deflagrada sobre seres humanos em um instrumento que possibilita comunicar o desejo de paz representa a transformação de uma cultura de violência em uma cultura de paz.
Em 1988, o Sino da Paz soou pela primeira vez através das mãos do sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, em uma cerimônia realizada no Jardim Botânico - Rio de Janeiro, Brasil. Simultaneamente outros sinos foram tocados por grupos pacifistas em vinte países. Nas Nações Unidas, o então secretário geral Javier Pérez de Cuéllar também fez soar um sino pela paz.
Desde então, milhares de pessoas e personalidades, incluindo artistas, educadores, religiosos, cientistas e políticos renomados, fizeram soar este sino como um apelo à Paz.
O Sino da Paz foi confeccionado especialmente para capitanear a campanha: "Vamos despertar o mundo para a paz", organizada mundialmente pela Embaixada da Paz a partir de 1987. Esta campanha promoveu durante dez anos o soar simultâneo de sinos ao redor do mundo. A intenção era demonstrar que a população civil deseja a paz. Dessa campanha participaram diversas personalidades de destaque, como: Dra. Nise da Silveira, Barbosa Lima Sobrinho, e o Papa João Paulo II.
O Sino da Paz participou de eventos e campanhas mundiais, como:
- A "Vigília Mundial pela Paz" em 1990, em parceria com a Fundação Abrinq;
- O "Reage Rio", em 1995;
- O "Basta! Eu quero Paz!", em parceria com o Viva Rio;
Nessas diversas oportunidades, pessoas famosas como D. Paulo Evaristo Arns, Yoko Ono, Dalai Lama e Rodrigo Pessoa ressoaram o sino em nome da paz no mundo.
O Sino da Paz também percorreu escolas urbanas e rurais, como parte do programa "Paz nas Escolas", da Embaixada da Paz.
A partir de 1998 seus criadores começaram a fazer pequenas réplicas do Sino da Paz, que foram distribuídas por um grande número de escolas do Brasil - inclusive aquelas pertencentes ao PEA-UNESCO.
O Sino da Paz é um peregrino que viaja pelo Brasil e pelo mundo espalhando a mensagem de que a paz é uma conquista diária e transformadora.
Hoje se encontra em Aiuruoca, na Estação Sino da Paz, onde recebe a visitação de grupos e pessoas de todo o mundo, que se reúnem para conhecê-lo, orar, meditar e praticar diversas ações pela paz.
EMBAIXADA DA PAZ
Em 1985, Evandro Vieira, Bárbara Stella, Leo Toniolo, Yuriko Kamida e Roseli fundaram o grupo artístico pacifista chamado Embaixada da Paz, que tinha o objetivo de estimular e
alimentar uma rede mundial de ação
conjunta pela paz, a "Aliança Mundial pela Paz".
A partir de 1986 juntaram-se ao grupo original Nena Macêdo, Elcio Rabelo e Iva de Sá Affonso. Desde então, essa missão tem sido cumprida através do desenvolvimento de uma série de projetos de repercussão nacional e internacional.
Seus projetos em educação, sempre muito originais, foram inicialmente dedicados às crianças não escolarizadas e em situação de risco e exclusão social. Durante sete anos, a Embaixada da Paz desenvolveu projetos ligados à Arte e Educação para crianças que viviam nas ruas em Caxias, Copacabana e Centro do Rio de Janeiro, viabilizando através de oficinas de arte uma alternativa
de reintegração social.
A Embaixada da Paz, colaborando com os trabalhos que antecederam a promulgação da nova Constituição, viabilizou juntamente com a Pastoral do Menor de Duque de Caxias o depoimento André Luis de Jesus, representante das "crianças de rua" na subcomissão do menor, da família e do idoso, quando entregaram ao Deputado Ulisses Guimarães um documento conclusivo produzido por eles nas oficinas do projeto "A CONSTITUIÇÃO DA CRIANÇA DE RUA": uma placa de asfalto onde estavam gravadas as suas reivindicações que gostariam de ver contempladas na "nova lei brasileira".
A Embaixada da Paz foi condecorada por representantes da ONU (Organização das Nações Unidas), recebeu uma Moção da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, da Câmara dos Deputados em Brasília e reconhecimento da Fundação ABRINQ, pelos trabalhos realizados em defesa dos direitos das crianças.
Em 1986, vestiu o Cristo Redentor - RJ com a gigantesca Bandeira da Paz, marca registrada do grupo, em recepção à "Tocha" na "Primeira Corrida Mundial Pela Paz" promovida pelas Nações Unidas.